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1º dia de aulas da Celina (foi aqui que tudo começou)

Este é o primeiro dia da vida escolar da Celina

PALAVRAS SOLTAS

Ensina-me a ser gente e perceber o quanto pequeno sou. Ensina-me a amar de frente e sentir o que o sonho sonhou. E na penumbra desse momento teu beijo molhado me tocou; num gosto libidinoso suculento em minhas entranhas perfurou. Ensina-me a viver, ensina-me a amar-te ensina-me a sorrir ensina-me a abraçar-te. Ago19 Traços de vento que sopram na luz dos teus olhos e refletem na aragem de um beijo o sonho de te sentir um dia encostada a mim. Ago17 Acredita em ti. A vida é para ser vivida. Chora, ri, mas ama Tropeça, levanta—te e ama Na doença ou na cura, ama. Sofre, goza, mas ama Adormece, acorda e ama Seja de noite ou de dia, mas ama Grita ou fala baixinho que amas Sonha e acorda a pensar que amas Novo ou velho, mas ama sempre. Set17 A vida é feita de pequenos nadas e há "nadas" que valem mais que muitos "muito". Ago19 AMOR INCONDICIONAL É (A)MAR SEM TERRA À VISTA Ago17 A distância pode não separar as pessoas,

PALAVRAS DE NAMORO

Dia dos namorados, pois; ou apenas palavras a dois? Serão talvez gestos escritos, uma espécie de hieróglifos: Junta-se o carro aos bois.   Letras sobre letras, palavras escrevinhadas será que são tretas as letras escarrapachadas?   Não, claro que não. São como a fome para o pão: há vontade de comer, de beijar, ir a correr e na ânsia de acabar aproveitamos para andar atrás do que queremos ter.   Namoradas e namorados, já se sabe como é: cabem todos, até os desamparados e é um bom negócio até.   Ficam as palavras que sonham em gestos ou balbuciadas; que sobre a tristeza elas ponham as como AMOR realçadas.                

O BARBINHAS

O Barbinhas vivia num mundo rodeado de água por todos os lados. Só aí podia viver. Era um peixe e muito pequenino: tinha o tamanho de um dedo mindinho de uma criança. O seu nome, Barbinhas, foi-lhe dado por causa da barbatana ventral ˗ tinha o aspecto de uma barbicha. Mas era um peixe muito lindo, cheio de cores metálicas, às riscas brilhantes e intensas. E nadava feliz naquelas águas sempre limpas e bem tratadas, sem poluição até ao dia que percebeu, que algo mudara. Deixaram de limpar o aquário onde vivia e a água começou a ficar turva e esverdeada. As vistas que tinha para o mundo exterior estavam a ficar cada vez menos nítidas e, pior que isso, começou a sentir-se só, doente, sem comida e abandonado. Ele sempre vivera ali desde que se lembra e num ambiente que lhe parecia ser de um jardim. Sentia-se como a viver no meio de um coral maravilhoso onde no fundo havia também umas pedras brancas e pretas e uma rocha enorme onde se refugiava para dormir. Mas agora, ali naquela á

O PORQUINHO SALVADOR

Certo dia, conheci um menino chamado Artur. Ele mudara-se para a minha rua há pouco tempo. Encontrei-o a brincar sozinho sobre a relva do parque do jardim da minha zona, a jogar à bola contra uma baliza sem guarda-redes. Eu olhei para ele e reparei que ele tinha muito jeito, porque me pareceu que jogava muito bem. Ele era pequenino, só tinha quatro anos, e eu era um pouco mais velho que ele. Mas ele era espigadote e forte. Gostei dele logo que o vi. Achei-o muito simpático e divertido, trocando a bola de pé para pé. Ele viu-me e perguntou-me se eu queria brincar com ele. Disse-lhe que sim, porque também gosto muito de jogar à bola. Ele era do Benfica e eu do Sporting, mas isso não fazia diferença nenhuma na nossa amizade. Jogámos depois os dois à bola, muitas vezes e éramos tão amigos, tão amigos que umas vezes ganhava ele, outras vezes ganhava eu e, na maioria das vezes, empatávamos só para que ninguém ficasse triste.   O Artur tornou-se assim para mim um amigo muito especial

SONHOS REAIS

Quando for grande quero ser como Sophia e inventar estórias de meninas que querem ser ricas, bonitas e princesas. Também quero viver em castelos ou palácios sumptuosos e forrar as paredes inteiras do meu quarto com espelhos que me mostrarão o quanto bela eu sou e aos quais perguntarei: “ quem é a mais bonita mulher deste reino?” Espelhos que me responderão transparecendo imagens reais, não destorcidas ou fictícias de uma realidade que será a minha: que sou eu. Quero, sim, viver como Lúcia em palácios rodeados de jardins, com muita luz a entrar pelos quartos adentro, muitas salas e salões para bailes e festas, com pianos de cauda e harpas a um canto – para animar os bailes – e com longos corredores percorridos por criados que com bandejas nas mãos nos servirão canapés e taças de vinho branco.   Quero, sim, viver a fantasia de príncipes encantados que me arrebatarão à vida fútil que levo e me levarão para o meio da sala de baile, me farão rodopiar, dançando ou me ensinando a d