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Mostrando postagens de dezembro 16, 2012

NOITE E DIA

Dentro da noite fria o ruido fustigador da trovoada e do vento que sopra forte e leva os sonhos da gente que não dorme.   Um raio que chega ilumina o Mundo de um Homem, mas logo se apaga e como a vida escoa-se para a terra. A chuva cai impiedosamente e consigo arrasta a vida. As árvores declinam-se beijam o chão as folhas mortas pelo tempo: As cancelas dos quintais chocam nos batentes dos trincos; as portas estremecem; os olhos nas janelas refugiam-se… por detrás das cortinas o medo alastra-se, as pessoas apertam-se e na face de cada um o retrato vivo da miséria pungente. A chuva aumenta persistentemente, os relâmpagos desencadeiam-se no espaço as árvores tombam, as telhas voam, o tecto desaba, as paredes desmoronam-se na derrocada o Mundo alaga-se em suor e sangue e nada resta senão a vida dura e difícil. Acaba-se o mundo entre lençóis brancos   e desperta-se numa aurora primaveril (do solstício de inverno) com um sol radioso: Olha-se