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Mostrando postagens de 2013

Bom Ano 2014

Chegámos ao último dia de 2013 incólumes. Grande proeza. Parece fácil, mas não é. Por esse facto, quero contragular-me pelo feito, assim como aproveitar para parabenizar todos aqueles que como eu o conseguiram. E agora desejar que o ano de 2014 que vai arrancar possa ser melhor ou tão solidário como foi este. Sei que para muitos de nós foi um ano terrível, com cortes e mais cortes e, pior que isso, o espectro  da incerteza que paira sobre todos e que nos deixa apreensivos quanto ao futuro. Mas não vamos desistir. As crises, reza a História, são cíclicas e ultrapassa-la-emos todos com a certeza de que daqui a cem anos já cá estará outra gente... Bom 2014 para todos e no dia 31 de Dezembro cá estaremos de novo. Carlos Alberto

LISBOA

Há muito que não tenho vindo aqui acrescentar algo às coisas da minha vida . Aqui fica então um pequeno texto que fiz para a turma de Oficina de Português. É um texto baseado num Documentário de um filme de José Fonseca e Costa.   P ercorremos Lisboa com o olhar. As sete Colinas, o Rio Tejo, as cores das casas, os eléctricos, os Monumentos, as Praças, as Estátuas, os bairros típicos, os Palácios e seus interiores deslumbrantes. Somos levados pela memória à época dos Descobrimentos e partimos daí até aos dias de hoje. Subimos e descemos as ruas da cidade velha, onde nos perdemos em ruelas estreitas e labirintos de escadarias de calçada, até à cidade nova e moderna de grandes largos e onde emergem figuras que perpetuam a nossa História. Perdemo-nos então nos detalhes em que normalmente não reparamos - na pressa de um agitado quotidiano - e sentimos aqui, através da poesia que o poeta descreve em cada olhar, que há em cada instante como

DEIXEM-ME DORMIR

Mudei de casa recentemente. Vivo sozinho aqui para os lados do Seixal, na margem sul do Tejo, já perto da foz em Lisboa. Gosto do espaço, embora não seja aquilo que procurava. Contudo, a proximidade de eventual trabalho e porque já vivo nesta zona há mais de trinta anos, é aqui por estas bandas que me habituei a viver. A proximidade das praias da Costa da Caparica, o clima e outras valências importantes também me seduziram e contribuiram para a minha escolha. É um apartamento pequeno (T1), ainda que acolhedor, numa rua principal, muito movimentada, num prédio de três pisos com nove inquilinos. O sossêgo que procurava e as vistas para a serra ou para o mar aqui não encontro. Por isso, esta não será ainda a minha casa de sonho que andei à procura, e é muito provável que daqui a uns tempos possa até mudar. Até lá, no entanto, com vantagens e desvantagens, é aqui que vou viver nos próximos tempos.   Mas esta abordagem à minha nova residência deve-se apenas à questão da tranquilida

ILHA DO PICO

A pérola negra do atlântico from Carlos Pereira Recebi um email com estas imagens da Ilha do Pico e não pude ficar indiferente. O power point tem o mesmo título que a poesia e aqui fica a minha homenagem àquele que foi eleito o meu lugar de sonho. A PÉROLA NEGRA DO ATLÂNTICO Sim, diz-me muito esta terra negra de paixão que conheci e vivi, onde a vida parece parar, mas tive de partir e deixar, porque a vida é como um vulcão: hoje activo, amanhã não. E nos silêncios da vida, olhamos para trás e sorrimos porque um dia partimos, mas a terra ainda lá está. Feita de rocha, pedra sobre pedra pelo mar moldada e sofrida ainda a sentimos presente como um sopro de ar que se sente numa brisa amena e querida. Cada recanto reconhecemos e deslumbra-nos ainda: cada casa, cada porta, cada olhar; um dia, com certeza perante tanta beleza voltaremos para a abraçar. CA Dedico esta poesia à minha filha cujo nome o deve a um lugar desta terra. PS: Os crédito

MEMÓRIAS DE 2012

Páginas  do Meu Diário ( 1º Semestre) Desta vez deixo aqui os meus melhores resumos do 1º semestre de 2012, de acordo, obviamente, com o critério que defini. Reitero que é uma transcrição integral do que senti no momento em que escrevi os resumos e que não vou aqui fazer qualquer alteração no sentido de subverter o que disse. Mais uma vez reforço que o que escrevi é apenas o meu ponto de vista e é da minha total responsabilidade. Carlos Alberto   Terça-feira, 3 de Janeiro de 2012 (Miratejo, 4/1 00:55h) “Um sonho na viagem” O amor, sempre o amor, esse cruel sentimento que ou nos faz feliz ou nos mata por estrangulamento. E basta um filme, uma história e as lágrimas enchem-nos estupidamente a vista. Sim, porque chorar só mesmo por alguém que nos faça feliz. Mas aí não achamos que valha a pena. Contudo, quero viver.   O amor é demasiado frio, mas servir-se-á à mesa. O tempo acusa-nos de sermos brandos. A fome come-se com garfo ou com as mãos se não houver guardanapo

BALANÇO I

Acordei hoje com vontade de escrever algo. Inspirei-me numa estrela. ( Chamo-lhe Balanço I porque é provável que tenha continuação .) Sou o que sou, valho o que valho, cometi muitos erros, faltou-me o trabalho. Passei muito tempo a andar de um lado para o outro, não parei para pensar que no amanhã seria pouco. Não tenho cursos nem licenciaturas, mestrados e afins, não; dei tudo aos outros, assinaturas e a olhar por mim, em vão. Pouco me importei e investi em mim: não valia a pena! Hoje como um sem abrigo senti que por engano estive em cena. Fui especial às vezes, fui pão de ló, arroz doce; hoje carcaça dura, velha de meses. Lamento minha postura que fosse tão usada por interesses. Tenho aquilo que mereço, sempre o disse e afirmei e repito com apreço: sou aquilo que realizei. Mas não desisti de viver mesmo curvado das costas. Ergo-me direito para fazer o que tu, minha estrela, me mostras. Sigo este caminho de vida acreditand

A VIDA

A minha vida está a mudar. Lentamente, mas está. Acontecem-me coisas inesperadas, algumas boas, outras desagradáveis e lido mal com estas últimas. Mas estou a começar a perceber que nada acontece por acaso, e, como me dizia a minha querida mãe, "nem tudo o que nos parece mau para nós o é". E, de facto, aos poucos estou a aceitar melhor esta ideia e a perceber que ela tinha razão e que tudo o que nos acontece tem uma razão de ser. Obrigado assim a todos os que de alguma forma têm contribuído para estas mudanças, nomeadamente, os meus novos "seguidores" deste humilde blogue que aqui se juntaram a partir do meu 1º ano de existência nestas águas.   E como tudo na vida parece cíclico, repete-se hoje o que senti há quarenta anos atrás. Por isso, aproveito mais uma vez para ir rebuscar às minha memórias um poema que escrevi em 14 de Setembro de 1973 e que aqui passo a transcrever: A VIDA E navego por mares distantes entre peixes e outros animais. Sou carne,

25 de Abril de 1974

Estou aqui hoje por uma razão que a mim me diz muito e, no entanto, poucos são os que conhecem esta razão e que sabem que, por estar no lugar certo, na hora certa, inadvertidamente, também faço parte da História, protagonizada naquela madrugada desse já distante dia de 25 de Abril de 1974.   É uma história pessoal, mas colectiva, porque nos envolve a todos. Uma história de um herói hoje, para uns, mas também de um traidor, para outros que perderam, naquela Revolução dos Cravos, privilégios ou aquilo que por direito, ou não, tinham como seu.   Portanto, sou um homem aberto a todas as perspectivas e posso desde já acrescentar, também bastante desiludido com aquilo a que aquela Revolução nos trouxe hoje. Somos um país miserável, com a população transformada em pedinte e os titulares dos sucessivos Governos todos muito bem na vida e alguns com histórias de interesses económicos, políticos e de descredibilidade dramaticamente aterrorizadoras.   Participar numa Revolução para es

PAIS E MÃES

Vou editar um comentário que fiz no Blogue que estou a seguir da Maria do Sol e vou acrescentar algo que me parece muito importante neste momento.   Eu já perdi, há muitos anos, pai e mãe, no entanto, tenho-os sempre presentes como se estivessem ao meu lado a apoiar-me.   Não sinto que me ajudem muito, pelo menos nada do que eu peço é atendido, mas na hora de evitar o acidente, apesar de ter fechado os olhos, porque ia bater no carro parado à minha frente, lá estava a mão do meu querido pai (que foi motorista de taxi anos a fio) e o carro parou a um centímetro do desastre...   Pai e mãe são géneros únicos que nunca devemos menosprezar. Se alguém tem amor aos seus filhos, esse amor verdadeiro e incondicional são os pais que o têm.   Hoje, no entanto, fui acusado de estar doente e que devia ir ao médico por agir de acordo com aquilo que eu acho que são critérios de justiça e igualdade que sempre defendi. Como se não bastasse, depois de quase 50 anos de trabalho, e como s

1 ANO

Bom dia, bom dia. Faz hoje 1 ano que comecei a publicar neste Blogue. Foi um sucesso... Estou aqui, exactamente, para assinalar esse facto e agradecer o apoio que recebi dos meus imensos, imensos (e repeti porque são mesmo muitos) fãs espalhados pelo mundo fora...(atente-se aos inúmeros comentários que recebi, mas claro, não são mais visíveis porque as pessoas preferem o anonimato, só por isso) e dá-me um alento extraordinário! Já com os "seguidores" acontece o mesmo. Só tenho a minha filha mais nova, mas que vem ao meu blogue sempre que tem tempo nos intervalos das suas "paixões". O problema é acharmos que queremos ser o centro do mundo e não somos, de facto, ninguém. O nosso universo é reduzido e quando não se sai de casa, como é o meu caso, dificilmente a socialização pode ser grande. Problema meu. Ok! Mas vamos ao que verdadeiramente interessa e porque uma efeméride destas merece uma homenagem, resolvi ir ao meu baú de recordações e fui descobrir um po

PÍNCAROS DA EUROPA Cap I ao Cap VI

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Para facilitar a leitura da saga da viagem a Espanha, decidi publicar aqui num único post o relato dessa viagem aos Píncaros da Europa, desde o Cap I ao Cap VI.   Vou tentar ainda enriquecer o texto com a introdução de algumas fotos para o ilustrar. Espero que o resultado seja o desejado. Para já aqui fica o texto global com algumas fotos. "PICOS DE ESPANHA” CAPÍTULO I Lisboa, 4 de Agosto de 2012 07:40h. Sinto-me um pouco como uma criança excitada. A noite mal a dormi, mas porque estava preocupado em não acordar a horas. Pus dois despertadores, não fosse algum falhar-me, antes de ter adormecido já depois das duas da madrugada. Mas antes que os despertadores tocassem já estava acordado. Agora já estou em Lisboa, num café aqui ao lado da agência de viagens, onde vou apanhar o autocarro. E chegar aqui também não foi fácil porque foi-me complicado estacionar o carro. Acabei por deixá-lo numa zona de estacionamento pago, sem perceber bem a que consequências me suje