1 ANO

Bom dia, bom dia.

Faz hoje 1 ano que comecei a publicar neste Blogue. Foi um sucesso...

Estou aqui, exactamente, para assinalar esse facto e agradecer o apoio que recebi dos meus imensos, imensos (e repeti porque são mesmo muitos) fãs espalhados pelo mundo fora...(atente-se aos inúmeros comentários que recebi, mas claro, não são mais visíveis porque as pessoas preferem o anonimato, só por isso) e dá-me um alento extraordinário!

Já com os "seguidores" acontece o mesmo. Só tenho a minha filha mais nova, mas que vem ao meu blogue sempre que tem tempo nos intervalos das suas "paixões".

O problema é acharmos que queremos ser o centro do mundo e não somos, de facto, ninguém. O nosso universo é reduzido e quando não se sai de casa, como é o meu caso, dificilmente a socialização pode ser grande. Problema meu. Ok!

Mas vamos ao que verdadeiramente interessa e porque uma efeméride destas merece uma homenagem, resolvi ir ao meu baú de recordações e fui descobrir um poema que escrevi quando fiz 20 anos, portanto tem 40 anos... mas continua tão actual que não resisto em torná-lo público, além de que me dispensa de ter que escrever outra coisa qualquer.

Vinte anos faço eu hoje.
Vinte anos que não sei se de vida ou de morte.
Vinte anos apenas que foram supérfluos,
incoerentes a uma sociedade evoluída,
a olhos de muitos.

Vinte anos estéreis, infrutíferos, dubitáveis.
Vinte anos de luta sem luta.
Vinte anos de degredo moral, espiritual, carnal
sem resultados à vista,
a olhos de muitos.

Vinte anos de desgostos, de felicidades
Vinte anos... mas bons momentos muito poucos.
Vinte anos sem paz, com guerra arisca, pungente.
Vinte anos de estertores e ódios,
a olhos de muitos.

Vinte anos incapazes de construir algo.
Vinte anos esquecidos num espaço esquecido.
Vinte anos imberbes, inexperientes, imaturos.
Vinte anos, um tempo que se ocupou,
a olhos de muitos.

Em vinte anos construí casas palácios,
grandes os salões, vastíssimos em longitude.
Edifícios sobre edifícios, cidades!!!
Em vinte anos construí um mundo...
um mundo que era meu sem ser meu:
ocupei um espaço que era dos outros.

Em vinte anos construí cidades, países, continentes,
tudo construí, mas que ruiu num cataclismo.
Afinal, todos estes muitos olhos que me observaram
se iludiram porque eu não construí nada
nem sequer vivi ainda...
(dei apenas liberdade à minha imaginação.)

Carlos Alberto 16/11/1973


Comentários

  1. Olá
    Nem sabia da existência do seu blogue...falha minha pois é possivel que o tenha poblicitado na sua Galeria. Adicionei-o à minha lista de pontos brilhantes pois terei o maior prazer em seguir as suas "coisas". Entendo que sem feedback a escrita torna-se solitária e a solidão nem sempre dá prazer. Estou grata pela sua visita ao meu humilde blogue.
    Abraço

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  2. Que bom que me visitaste, assim já te sigo! Adorei a poesia e mesmo após tanto tempo, atual. abraços,tudo de bom,chica

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    Respostas
    1. Obrigado chica por teres também chegado aqui e te juntado ao meu humilde cantinho. Sê bem vinda.

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  3. Parabéns pelo blog, eu fico por cá, mais anos, se possível.

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  4. Obrigado pelo comentário.É gratificante saber que chegamos a algum lado...

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