NOITE E DIA
Dentro da noite fria
o ruido fustigador
da trovoadae do vento que sopra forte
e leva os sonhos da gente
que não dorme.
Um raio que chega
ilumina o Mundo de
um Homem,mas logo se apaga
e como a vida
escoa-se para a terra.
A chuva cai impiedosamente
e consigo arrasta a
vida.As árvores declinam-se
beijam o chão as folhas
mortas pelo tempo:
As cancelas dos quintais
chocam nos batentes dos trincos;
as portas estremecem;
os olhos nas janelas
refugiam-se…
por detrás das cortinas
o medo alastra-se,
as pessoas apertam-se
e na face de cada um
o retrato vivo
da miséria pungente.
A chuva aumenta
persistentemente,
os relâmpagos
desencadeiam-seno espaço as árvores tombam,
as telhas voam,
o tecto desaba,
as paredes desmoronam-se
na derrocada o Mundo alaga-se
em suor e sangue e
nada resta senão
a vida dura e difícil.
Acaba-se o mundo
entre lençóis brancos
e desperta-se
numa aurora primaveril
(do solstício de inverno)
com um sol radioso:
Olha-se em redor e nada
nos resta senão orar
a Deus pela paz do novo dia.
Carlos Alberto 10-09-1973
Nota1: Trago aqui este poema em alusão ao fim do mundo que
ocorrerá em 21 de Dezembro de 2012
Nota2: Alterei parte o último verso do original para a adaptação ao
assunto em ( ).
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